Kim Jong-Un visita vítimas chinesas de acidente
O líder norte-coreano Kim Jong Un expressou sua “amarga tristeza” com o acidente de ônibus que matou 32 turistas chineses, informou a imprensa estatal.
Trinta e dois turistas chineses e quatro funcionários norte-coreanos morreram no domingo (22) em um acidente de ônibus e outros dois chineses ficaram feridos.
Em um boletim de notícias pouco frequente na Coreia do Norte, onde habitualmente as notícias ruins não são divulgadas pela imprensa, a agência estatal KCNA informou que Kim se reuniu com o embaixador chinês na segunda-feira e visitou os sobreviventes no hospital.
O jornal “Rodong Sinmun”, publicação do partido único que governa o país, publicou uma foto de Kim na primeira página e detalhou a visita ao hospital.
Em outras fotografias, o dirigente norte-coreano aparece com roupas de médico e cumprimentando os feridos.
Apesar de muito comum em outros países, este é um cenário pouco habitual para Kim, que geralmente aparece em cerimônias muito formais ou em visitas a fábricas ou a bases do exército.
“Ele disse que o inesperado acidente trouxe uma amarga tristeza a seu coração e que não poderia controlar sua dor ao pensar nas famílias que perderam seus parentes”, afirmou a KCNA.
A agência indicou que o líder norte-coreano disse que seu povo “tomou este trágico acidente como se fosse uma desgraça própria”.
A visita de Kim à embaixada é interpretada como um sinal de como Pyongyang considera grave o acidente.
“Trabalhamos estreitamente com a Coreia do Norte para determinar as causas do acidente”, afirmou Lu Kang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.
A agência oficial de notícias da China informou na segunda-feira que o ônibus dos turistas caiu de uma ponte no domingo.
O canal estatal chinês CCTV difundiu imagens de um grande veículo tombado e cercado por veículos de emergência e um médico atendendo um ferido, mas não precisou a procedência das imagens.
A grande maioria dos turistas estrangeiros que visita a Coreia do Norte é de chineses, já que ambos países mantêm vínculos desde a Guerra Fria, compartilham uma extensa fronteira terrestre e possuem voos entre Pyongyang e várias cidades chinesas.
De acordo com fontes chinesas, o acidente aconteceu na província de Hwanghae Norte, ao sul da capital norte-coreana e perto da fronteira com a Coreia do Sul.
A região inclui a cidade de Kaesong, famosa por seus pitorescos bairros antigos, e abriga uma vasta zona industrial intercoreana, onde as fábricas sul-coreanas empregam trabalhadores do Norte.
Seul havia fechado esta área em 2016 em resposta a um novo teste nuclear de Pyongyang.
G1