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Polícia identifica quarta vítima de pedreiro que estuprava mulheres em João Pessoa

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A polícia já identificou a quarta vítima de estupro atribuído ao pedreiro Osmar de Alexandre de Lima, de 30 anos, que foi preso na última segunda-feira (1) em João Pessoa. A jovem tem 23 anos e não teve seu nome divulgado, mas relatou que foi abordada pelo suspeito quando estava em um ponto de ônibus no bairro de Gramame, na capital.

A mulher informou ainda que foi obrigada a segui-lo e foi estuprada nas imediações do bairro do Colinas do Sul. Segundo a moça, no momento do crime, o suspeito usava a mesma roupa que trajava no dia de sua prisão.

A prisão de Osmar envolveu equipes da Delegacia da Mulher e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE). Ele permanece foi encaminhado para a Penitenciária Flósculo da Nóbrega, no Roger, onde cumpre prisão temporária de 30 dias.

O homem, que já vem sendo apontado como autor de quatro estupros em série, está sendo investigado pelas delegadas Luísa Nascimento e Helena Aguiar Vilela, que atuam na Delegacia de Atendimento à Mulher da Zona Sul de João Pessoa. Em virtude das novas provas que surgiram contra Osmar, elas pretendem solicitar a decretação da prisão preventiva (quando não há prazo definido para terminar).

De acordo com a delegada Luísa Nascimento, há provas nos autos que demonstram que Osmar representa um sério risco à sociedade caso seja solto. Para ela, o suspeito praticou ao menos quatro estupros, que já foram descobertos, com intervalos de 7 e 15 dias entre eles. Em três dos casos, ele fez contato com as vítimas por meio de um site de anúncios de compra e vendas de produtos. Em seguida, oferecia falsas vagas de emprego para atrair as vítimas a determinados locais e estuprá-las.

Já neste quarto caso, a conduta foi diferente. “A vítima morava em uma região pouco habitada no bairro do Gramame e estava sozinha em um ponto de ônibus, quando foi abordada e violentada. Ela o reconheceu pela imprensa e veio à delegacia para denunciar o fato”, explica a delegada.

Conforme relato das outras três vítimas, o pedreiro fazia ameaças com uso de arma de fogo. Além da roupa, ele também foi reconhecido pelo capacete que portava no momento do estupro. Com Osmar foram apreendidos ainda dois celulares, que foram encaminhados para a perícia. Um dos telefones, inclusive, pertencia a uma das jovens violentadas.

“No interrogatório, ele não demonstrou nenhum sentimento de arrependimento, culpa ou remorso pelo que fez às vítimas. Disse que era uma pessoa religiosa, sem vícios, sem passagem pela polícia e que praticou os estupros porque ‘deu uma doideira’ na cabeça dele’. Iremos representar pela preventiva porque ele representa um sério risco à sociedade e pode praticar novos estupros, se for solto”, afirmou a delegada Luísa Nascimento.

Não está descartada a hipótese de que Osmar tenha praticado outros estupros. Até por esse motivo, a polícia monitora as denúncias que podem ser feitas na Delegacia da Mulher, no bairro do Geisel, ou por meio do telefone 197.

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