A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (4), a sexta fase da Operação Xeque-Mate, que apura crimes na administração pública de Cabedelo, na Grande João Pessoa. Quatro vereadores, cujos nomes ainda não foram divulgados, são alvos desta etapa da investigação e foram afastados dos cargos.
A 1ª Vara da Comarca de Cabedelo também determinou o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão na residência dos vereadores investigados. Vinte policiais federais cumprem a ordem judicial, com apoio de quatro auditores da Controladoria-Geral da União na Paraíba (CGU-PB). O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, também dá suporte à operação.
Os alvos da sexta fase da Operação Xeque-Mate são suspeitos de receber propina para apoiar na Câmara o então prefeito Leto Viana, preso em 3 de abril do ano passado. O dinheiro usado para ‘comprar’ os parlamentares eram oriundos do superfaturamento do contrato da empresa responsável pela coleta de lixo no município.
O objetivo desta etapa da Xeque-Mate é angariar elementos de prova relacionados à possível mercantilização dos mandatos. Se comprovado o envolvimento no esquema, os vereadores poderão responder por formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e fraude licitatória – crimes cujas penas, desde que somadas, ultrapassam 30 anos de reclusão.
Entenda o caso
A primeira fase da Operação Xeque-Mate aconteceu no dia 3 de abril do ano passado, após a Justiça decretar o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos de Cabedelo. O então prefeito, Leto Viana; o presidente da Câmara Municipal, Lúcio José; e os vereadores Jacqueline Monteiro (esposa de Leto), Tércio Dornelas, Júnior Datele e Antônio do Vale foram presos. Apesar de não ter sido detido, o vice de Leto Viana, Flávio de Oliveira, também foi afastado da gestão.
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