Vasco vence Botafogo por 3 a 2 em clássico movimentado no Nilton Santos
Rio – Muita luta, alguma violência e cinco gols. Botafogo e Vasco fizeram um clássico movimentado, ontem, no Nilton Santos, e a vitória cruzmaltina, por 3 a 2, foi celebrada pelas duas equipes, que se classificaram e voltam a se enfrentar nas semifinais da Taça Rio. Destaque para o gol de letra de Riascos. A lamentar, a grave lesão do alvinegro João Paulo.
O futebol foi artigo de luxo no início do jogo. Sem inspiração, as equipes fizeram da transpiração a arma para vencer, mas exageraram na disposição e transformaram o clássico em luta de MMA. O primeiro golpe foi dado por Rildo. Aos dois minutos, ele entrou forte em João Paulo, que sofreu fratura na tíbia da perna direita e foi encaminhado ao hospital São Vicente para ser operado.
O lance revoltou os alvinegros, que pediam a expulsão de Rildo, mas o árbitro lhe deu apenas cartão amarelo. Aos 17, veio o revide do Botafogo. Marcelo Benevenuto entrou duro em Rildo, que deixou o campo e foi levado para o hospital com luxação no ombro esquerdo. A tensão imperava em um duelo repleto de jogadas ríspidas, sob a complacência da arbitragem.
O Botafogo ainda exerceu tímido domínio, mas quem balançou a rede foi o Vasco. Aos 37, Riascos, de letra, aproveitou cruzamento de Andrés Ríos e fez 1 a 0 na primeira jogada bem trabalhada na partida. Aos 41, Martín Silva operou milagre em finalização de Igor Rabello à queima-roupa, mas quem voltou a marcar foi o Vasco. Aos 46, Andrés Ríos recebeu de Henrique, avançou com a bola dominada e mandou belo chute no ângulo Gatito Fernández.
No segundo tempo, o vale-tudo, enfim, deu lugar à bola rolando e o Botafogo diminuiu o placar. Wellington derrubou Marcos Vinícius na área e Rodrigo Lindoso, aos 4, deslocou Martín Silva na cobrança de pênalti. O gol e a entrada de Luiz Fernando no lugar de Ezequiel incendiaram o Botafogo, que passou a ditar o ritmo e chegou aos empate, aos 23. Paulão falhou na marcação e Brenner, de cabeça, contou com a falha de Martín Silva antes de ver a bola morrer na rede.
O Vasco, porém, tinha Paulinho. E não se abalou. Foi à frente e chegou à vitória após cochilo da defesa alvinegra. Fabrício cruzou, a bola passou por todo mundo e parou em Pikachu. Em sua 100ª partida pelo Vasco, ele chutou cruzado e encontrou o camisa 11, que, aos 38, decretou a vitória cruzmaltina.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 2 X 3 VASCO
BOTAFOGO – Gatito Fernández; Marcinho, Marcelo Benevenuto, Igor Rabello e Moisés; Rodrigo Lindoso, João Paulo (Marcelo), Marcos Vinícius (Rodrigo Pimpão) e Leo Valencia; Ezequiel (Luiz Fernando) e Brenner.
Técnico: Alberto Valentim.
VASCO – Martín Silva; Yago Pikachu, Paulão, Erazo e Henrique (Fabrício); Wellington, Desábato, Evander, Rildo (Paulinho) e Riascos (Wagner); Andrés Ríos.
Técnico: Zé Ricardo.
GOLS – Riascos aos 37 e Andrés Ríos aos 47 minutos do primeiro tempo; Rodrigo Lindoso aos cinco, Brenner aos 23 e Paulinho aos 38 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Brenner (Botafogo); Henrique, Rildo, Martín Silva e Wellington (Vasco)
ÁRBITRO – Leonardo Garcia Cavaleiro
RENDA – R$ 194.320,00
PÚBLICO – 10.978 pagantes
LOCAL – Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).