As águas do Rio São Francisco devem ser liberadas para as barragens de Poções e Camalaú no final de setembro. Este foi o prazo acordado após reunião entre equipes técnicas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e do Ministério Público Federal da Paraíba (MPF-PB). A confirmação foi dada ao Portal ClickPB pelo Ministério da Integração Nacional na tarde desta sexta-feira (14).
De acordo com o Ministério, “a decisão leva em conta a complexidade das intervenções para recuperação e modernização das estruturas”.
O presidente da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba), João Fernandes, disse ao Portal ClickPB, hoje (14), que as obras do Eixo Leste de Poções e Camalaú já garantem a passagem das águas da Transposição do Rio São Francisco para Monteiro, portanto as águas já podem voltar a ser bombeadas para o estado da Paraíba. O Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) na Paraíba confirmou que a obra está apta para voltar a receber as águas desde o dia 5 agosto.
O Ministério da Integração, no entanto, não entende que as obras estejam em condições para liberação das águas. “Em Poções, por exemplo, os serviços incluem montagem de tubulação, instalação de equipamentos hidromecânicos e a ampliação do vertedouro. Já em Camalaú, esta segunda etapa dos trabalhos requer a aquisição e instalação de equipamentos hidromecânicos”, afirma o Ministério da Integração.
Segundo o órgão federal, as iniciativas estão em pleno andamento e foram priorizadas pelo Governo Federal para que não haja qualquer prejuízo à população.
“É importante destacar que as intervenções não comprometem o abastecimento de água a mais de um milhão de pessoas em 33 municípios nos estados de Pernambuco e da Paraíba, já atendidos pelo Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco – inaugurado em março de 2017”, ressalta o Ministério.
O coordenador do Dnocs, na Paraíba, Alberto Batista, disse que o órgão tomou as medidas em relação às comportas “para que não ficasse na dependência da conclusão da obra para que a água chegasse”.
“Hoje, Poções e Camalaú já estão aptas a receberem as águas do São Francisco”, disse Alberto Batista.