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Grupos de Direitos Humanos acusam guardas de fronteira da Arábia Saudita de matar imigrantes

WhatsApp-Image-2023-08-21-at-07.18.19-600x400 Grupos de Direitos Humanos acusam guardas de fronteira da Arábia Saudita de matar imigrantes

Foto de arquivo mostra migrantes vindos da Etiópia atravessam passagem pelo Iêmen a caminho da Arábia Saudita — Foto: Nariman El-Mofty/AP

 

O órgão internacional de direitos humanos, Humans Right Watch (HRW) divulgou um relatório nesta segunda-feira (21) em que acusa os guardas da fronteira da Arábia Saudita de atirarem e jogarem bombas contra imigrantes vindos da Etiópia.

 

O grupo de direitos humanos citou relatos de testemunhas oculares de ataques de tropas e imagens que mostravam cadáveres e cemitérios nas rotas de migrantes, dizendo que o número de mortos pode até ser “possivelmente milhares”.

 

A ONU já questionou a Arábia Saudita sobre suas tropas abrindo fogo contra os migrantes em um padrão crescente de ataques ao longo de sua fronteira sul com o Iêmen, devastado pela guerra.

 

Um funcionário do governo saudita, falando sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar publicamente, chamou o relatório da Human Rights Watch de “infundado e não baseado em fontes confiáveis”, sem oferecer evidências para apoiar a afirmação.

 

Cerca de 750.000 etíopes vivem na Arábia Saudita, com até 450.000 provavelmente tendo entrado no reino sem autorização, de acordo com estatísticas de 2022 da Organização Internacional para Migração.

 

O deslocamento se dá, principalmente, pelos conflitos na região do Tigré, no norte da Etiópia, que já se estende por mais de 2 anos.

 

A Arábia Saudita, lutando contra o desemprego juvenil, tem enviado milhares de pessoas de volta à Etiópia em uma política questionada internacionalmente.

 

Uma carta enviada pela missão da Arábia Saudita à ONU em Genebra em março disse que “refuta categoricamente” as alegações de que o reino realiza assassinatos “sistemáticos” na fronteira. No entanto, também disse que a ONU forneceu “informações limitadas” para que não pudesse “confirmar ou fundamentar as alegações”.

 

G1

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