O Projeto Loon vai iniciar seu primeiro teste comercial nas próximas semanas, levando Internet por meio de balões a vilas nas montanhas do Quênia. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Alphabet, empresa que é a dona do Google, e a Telkom Kenya, terceira maior operadora do país africano.
Após a aprovação das autoridades responsáveis pela aviação local, que deve acontecer ainda em julho, o serviço de 4G passará a ser oferecido aos habitantes a preço de mercado, por tempo indeterminado. Ainda não está claro qual será a velocidade disponível.
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Empresa-irmã do Google fará novos testes com serviço de internet móvel por balões — Foto: Divulgação/Project Loon
A ideia por trás do programa, anunciado em 2011, é fornecer conectividade a áreas remotas de todo o mundo, onde construir ou manter torres de celular tradicionais é inviável. Os balões do Loon já se provaram úteis em situações de emergência. Nos últimos três anos, a companhia ajudou operadoras no Peru e em Porto Rico depois de desastres naturais que destruíram parte da infraestrutura de telecomunicações.
Apesar do sucesso com experiências anteriores, a tecnologia precisa agora mostrar sua viabilidade comercial como uma solução permanente de conexão à Internet. Algumas operadoras são céticas quanto à capacidade da estrutura de proporcionar um serviço confiável que faça sentido em termos de lucros. Um dos obstáculos pode ser a longevidade dos balões, que hoje duram, em boas condições, de quatro a cinco meses, além do fato de estarem sujeitos a ventos.
Os balões do Projeto Loon voam na estratosfera a cerca de 20 quilômetros de altura, bem acima de aviões, pássaros e dos eventos climáticos. Eles possuem o tamanho de uma quadra de tênis e carregam equipamentos de rede móvel alimentados por energia solar. Um grupo de balões espalhados cria uma rede que disponibiliza conexão sem fio em determinada área, ou seja, o funcionamento é semelhante ao das torres terrestres. A maior diferença é que os balões estão em movimento constante. O sistema de navegação funciona de modo autônomo, supervisionado por operadores, e usa inteligência artificial para se aperfeiçoar.