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Variante delta tem o dobro de risco de levar à hospitalização do que a alfa, diz estudo com 43 mil casos da Covid

coronavirus-700x394 Variante delta tem o dobro de risco de levar à hospitalização do que a alfa, diz estudo com 43 mil casos da Covid

Pacientes infectados com a variante delta têm o dobro de chance de serem hospitalizados em comparação com aqueles que foram infectados pela alfa, que se originou no Reino Unido. Esse é o resultado da análise feita com o sequenciamento genético das amostras de 43 mil pacientes britânicos com a Covid-19, com artigo publicado nesta sexta-feira (27) pela revista “The Lancet”.

Além disso, a pesquisa também apontou que há um risco 1,5 maior de atendimento de emergência para pessoas infectadas com a variante delta em comparação com a alfa. A delta tem, portanto, uma chance mais alta de causar a sobrecarga dos sistemas de saúde, principalmente quando atinge pessoas não vacinadas e grupos vulneráveis.

Um ponto importante do estudo é que a maioria dos pacientes analisados não estavam completamente imunizados (98%) por qualquer uma das vacinas contra a Covid-19 disponíveis. Por isso, os dados não podem ser utilizadas para comparar as duas variantes em pacientes que já completaram o ciclo vacinal. Segundo os autores, no entanto, o estudo reforça a importância da vacinação contra o coronavírus.

“Nossa análise destaca que, na ausência da vacinação, qualquer surto da delta irá representar um peso maior para a saúde do que em uma epidemia da alfa. Em primeiro lugar, a vacinação completa é crucial para reduzir o risco de uma infecção sintomática com a delta, e, ainda mais importante, para reduzir o risco de uma Covid-19 grave com internação hospitalar”, disse a pesquisadora da Universidade de Cambridge Anne Presanis, uma das principais autoras.

Os pesquisadores fazem duas ressalvas com relação ao estudo: alguns grupos demográficos da Inglaterra podem estar mais propensos a buscar atendimento hospitalar, o que pode apontar alguma mudança nos resultados. Além disso, os autores não tiveram acesso às condições de saúde prévias dos pacientes, o que também pode mudar o risco de internação.

G1

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