Reino Unido pode rever regras de distanciamento e quarentena de viajantes para estimular a economia
O Reino Unido está revendo sua regra de distanciamento social e pode relaxar a quarentena de viajantes para ajudar a economia a se recuperar do colapso causado pela crise de coronavírus, informou neste domingo (14) o ministro das Finanças, Rishi Sunak.
O avanço na luta contra a pandemia de Covid-19 permitiu que o Reino Unido pudesse repensar a regra dos dois metros de distância. Segundo Sunak, muitos empresários afirmam que a regra torna difícil retomar as atividades com a produtividade de antes.
O governo do primeiro-ministro Boris Johnson, que diz que sempre seguiu os conselhos científicos ao lidar com a pandemia, enfrenta um difícil desafio de retomar a economia sem permitir uma segunda onda de infecções.
Com mais de 41 mil mortes, o Reino Unido é o terceiro país com maior número de vítimas do coronavírus, atrás dos Estados Unidos e do Brasil. Os críticos de Johnson afirmam que a grande quantidade de vítimas foi provocada pela negligência do governo durante a pandemia.
“É importante analisar de modo abrangente, e é isso que faremos com urgência”, disse Sunak à Sky News sobre a regra do distanciamento social.
Se houver redução da regra do distanciamento obrigatório entre as pessoas, três quartos dos pubs britânicos poderiam reabrir, em vez de apenas um terço capaz de respeitar os dois metros.
Sunak também afirmou que o governo pode alterar quarentena de 14 dias para as pessoas que entram no país e estabelecer, por exemplo, períodos para países específicos.
Na semana passada, as companhias aéreas divulgaram que demitiram uma grande quantidade de empregados por causa da quarentena.
“O secretário de Transportes está analisando as opções à medida que continuamos progredindo na luta contra o vírus”, disse Sunak.
O ministro das Finanças afirmou que reabrirá a economia “devagar e com segurança”, começando com o setor de varejo nesta semana, e prevê que o setor hoteleiro retome as atividades no início de julho.
A escala da crise econômica foi revelada pelos dados da semana passada, que mostraram uma queda de produção de um quarto em relação a março e abril, mas o foco agora estava na fase de recuperação.
G1