Após fracasso nas conversas entre o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) e o radialista Nilvan Ferreira (PTB), para uma aliança ainda em primeiro turno, associado ao rompimento do senador Veneziano Vital do Rego (MDB) para se lançar na disputa, o quadro para a eleição ao governo começa a se cristalizar com quatro candidaturas que deverão revolver suas pendências nas urnas de outubro.
Estão praticamente acertadas, aguardando apenas a homologação em convenção, as pré-candidaturas de João Azevedo (PSB), Veneziano, Nilvan e Pedro Cunha Lima. O detalhe é que, pelo menos em tese, haverá dois candidatos de centro-esquerda: João e Veneziano, contra dois de centro-direita: Nilvan e Pedro. A pré-candidatura de Lígia Feliciano (PDT) está em avançado estado de desidratação.
E, diante da polarização que se verifica no País, a tendência que apenas um candidato de cada lado do cordão passe para o segundo turno. E que, pelo menos em tese, quem passar receba o apoio do companheiro de ideologia. Mas, se isso vale para Pedro e Nilvan, talvez não valha para João e Veneziano.
Há um acordo entre Pedro e Nilvan para junção em segundo turno. Mas, não existe o mesmo entre João e Veneziano. Há um abismo entre eles e, no caso, por exemplo, de João passar para a prorrogação, talvez Veneziano se incorpore às oposições contra o governador.
Helder Moura