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Líder da China pede nova ordem mundial e se diz aberto a dialogar, mas defende aliança entre Pequim e Moscou contra Ocidente

GettyImages-693746892-1-600x400 Líder da China pede nova ordem mundial e se diz aberto a dialogar, mas defende aliança entre Pequim e Moscou contra Ocidente

O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu nesta sexta-feira (16) uma aliança com Rússia, Índia e países da Ásia Central para prevenir o surgimentos de revoltas populares locais instigadas pelo Ocidente. Mas também se disse aberto à “cooperar com o mundo inteiro”.

 

“Estamos abertos à cooperação com o mundo inteiro”, disse o presidente russo. “Nossa política não é egoísta. Esperamos que os outros (países) parem de recorrer aos instrumentos do protecionismo, às sanções ilegais e ao egoísmo econômico”, acrescentou em uma referência clara aos países ocidentais. 

Falando em uma cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) – grupo de segurança liderado pela China e pela Rússia e composto também por Índia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão e Tadjiquistão -, Xi ressalvou que os países da aliança devem salvaguardar seus próprios interesses de segurança e desenvolvimento.

O líder chinês anunciou ainda que a China treinará 2.000 policiais dos países membros do grupo nos próximos cinco anos e estabelecerá uma base de treinamento com foco no trabalho antiterrorismo.

Na cúpula, que acontece no Uzbequistão, Xi pediu ainda uma mudança da ordem internacional para uma direção “mais justa e racional”. Ele defendeu que os países integrantes devem abandonar “a política de blocos” e apoiar o sistema internacional “com a ONU no centro”.

Ele não fez menções à Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro deste ano.

A China, anunciou Xi, fornecerá ainda cerca de US$ 214 milhões (cerca de R$ 1,2 milhão) em grãos e outras ajudas de emergência aos países em desenvolvimento. Ele afirmou que a economia chinesa é resiliente e “cheia de potencial”.

A economia do país asiático escapou por pouco de uma contração no trimestre de abril a junho, prejudicada pelos bloqueios das cidades por conta da pandemia de Covid-19, uma desaceleração profunda no mercado imobiliário e gastos do consumidor persistentemente fracos.

G1

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