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Rússia tenta atrair recrutas com apelos em vídeo

WhatsApp-Image-2022-12-18-at-07.22.56-700x387 Rússia tenta atrair recrutas com apelos em vídeo

O governo da Rússia iniciou uma nova campanha para incentivar os cidadãos a se alistarem nas forças armadas e lutarem na Ucrânia – apesar de o Kremlin ter negado a necessidade de mais recrutas.

Em uma tentativa de atrair mais voluntários para o front, vídeos de propaganda postados nas redes sociais nos últimos dias apelam aos homens russos através das narrativas de patriotismo, moralidade e ascensão social.

Um dos vídeos, divulgado em 14 de dezembro, apresenta um jovem que está escolhendo lutar em vez de festejar com seus amigos e, em seguida, surpreende a todos comprando um carro com o dinheiro que ganhou com o contrato com os militares.

Em outro material, do dia 15 de dezembro, a ex-namorada de um soldado fica impressionada com sua coragem e implora para ele voltar com ela. Outro exemplo mostra um homem de meia-idade deixando o trabalho de fábrica que não lhe paga o suficiente para assinar um contrato militar e ir para a guerra.

Outro vídeo mostra um grupo de homens russos na casa dos 30 anos, parecendo bem-sucedidos, entrando num carro e sendo abordados por senhoras idosas, que perguntam para onde eles vão.

Um dos homens responde: “Para a Georgia. Para sempre”. Quando uma das mulheres derruba um saco de compras, os homens apenas entram no carro e saem, em vez de ajudar, enquanto outros mais jovens correm para pegar as compras. “Os meninos saíram, os homens ficaram”, conclui uma das idosas.

Muitos dos vídeos retratam a guerra como uma fuga para os homens de uma realidade diária sombria que inclui o consumo de vodka, pobreza e desamparo. Enquanto isso, relatos de escassez de provisões e equipamentos nos militares russos continuam a surgir.

Durante uma reunião com as mães dos homens mobilizados para a guerra em novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que era melhor morrer lutando pela pátria do que beber vodka até morrer.

No final de setembro, ele anunciou uma mobilização militar “parcial”, que envolveu mais de 300 mil pessoas em todo o país, no momento em que guerra na Ucrânia estava estática. O número exato de soldados russos mortos e feridos em combates na Ucrânia não foi revelado.

Milhares de homens fugiram da Rússia para evitar o recrutamento, mas temores de uma segunda mobilização no Ano Novo estão aumentando.

No início do mês, ao falar numa coletiva de imprensa após uma cúpula de países da Eurásia em Bishkek, no Quirguistão, Putin tentou tranquilizar a população de que não havia planos para outra ação do tipo.

Perguntado por um repórter que fatores poderiam exigir uma nova rodada de mobilização, Putin disse: “Não há tais fatores hoje, não estamos discutindo isso. Eu disse que 300 mil foram chamados como parte da mobilização. Permitam-me que repita mais uma vez: 150 mil (foram enviados para a Ucrânia). Desses, pouco mais da metade está
em unidades de combate”.

Questionado sobre relatos de contínua escassez de equipamentos militares nas linhas de frente, o presidente afirmou que estava trabalhando em estreita colaboração com o Ministério da Defesa russo e que a questão estava sendo resolvida.

CNN Brasil 

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